Com resiliência, setor automotivo caminha para o futuro, aponta pesquisa da KPMG
Realizada pela KPMG no Brasil, AutoData e SAE Brasil, a análise “Mobilidade 2021” consultou 942 respondentes, divididos em dois subgrupos: os que atuam diretamente na indústria automotiva; e os consumidores de veículos.
A partir das respostas, foi possível concluir que o setor automotivo segue resiliente e disposto a se reinventar para continuar seus negócios. Alguns dos pontos proeminentes para o futuro da mobilidade são: serviços de veículos por assinatura, carros híbridos e Indústria 4.0.
As tecnologias para redução de custo e de transformação digital foram apontadas pelos executivos como destinos preferenciais de investimentos. Veículos elétricos e tecnologia da gestão/integração com fornecedores foram igualmente lembrados.
Nesse cenário, o carro híbrido vem ganhando força. A curto prazo, os veículos a combustão continuam a ser a primeira opção, por exemplo, dos executivos quanto à priorização de oferta.
Contudo, os elétricos híbridos (HEV) obtiveram grande exposição nas respostas de ambos os grupos. Essa tecnologia obteve vantagem discreta na comparação com os híbridos plug-in (PHEV) e larga margem em relação aos puramente elétricos (BEV).
O etanol é apontado como a fonte de energia para produção de hidrogênio. Além dele, são promissores:
- Os resíduos em geral;
- A energia solar; e
- Opções hídricas e eólica.
É interessante notar que metade dos consumidores tenha declarado conhecer o funcionamento de um veículo elétrico movido a célula de combustível a hidrogênio. Ou seja: a tecnologia já cruzou a fronteira dos laboratórios, universidades e campos de prova.
Entretanto, é válido ressaltar que parte dos entrevistados está ligada a instituições de ensino. Na indústria, esse conhecimento é amplamente majoritário.
Para Ricardo Bacellar, líder do setor de Industrial Markets e Automotivo da KPMG no Brasil, o fato de as montadoras passarem a oferecer veículos por assinatura, demonstra claramente o desejo da indústria em diversificar suas receitas.
Em paralelo, as montadoras estão abertas à possibilidade de trocarem seu core business, tornando-se mais provedoras de mobilidade e menos “vendedoras de produtos”.
Assim, a prestação de serviços de mobilidade poderá se tornar a principal fonte de receita das montadoras, de modo que, dentro de alguns anos, a venda de veículos deve deixar de ser o core business.