Vale trocar o aluguel por financiamento imobiliário?
Financeiramente, viver de aluguel vinha sendo uma alternativa mais vantajosa que contrair uma dívida de longo prazo para comprar um imóvel. Claro, existem outras questões além dos números. Mas pelas contas costumava ser assim. Só que veio a pandemia e o cenário mudou.
De um lado, os juros do financiamento imobiliário nunca estiveram tão baixos. De outro, a inflação medida pelo Índice Geral de Preços-Mercado (IGP-M), que reajusta os contratos de aluguel, chegou ao maior patamar acumulado dos últimos 17 anos.
Em setembro, a inflação medida pelo IGP-M subiu 17,94% em 12 meses. Quem faz aniversário de contrato este mês fica sujeito ao reajuste.
Isso é um ponto negativo para o aluguel, que se torna mais imprevisível. A oscilação acentuada do indicador acontece porque o dólar e as commodities, como trigo, ouro, petróleo, têm um peso muito grande no cálculo do IGP-M, usado para corrigir 90% dos contratos de locação.
E com a Selic a 2% ao ano, a rentabilidade das aplicações mais conservadoras também não é a mesma, o que acaba tornando a compra de imóveis mais atrativa do que deixar o dinheiro em renda fixa atrelada ao CDI, por exemplo.
“Quem tiver num aluguel que não conseguiu negociar e, para continuar na residência atual tem que pagar 18% de aumento, tem incentivo forte para sair desse aluguel. Ir para o financiamento ou não é uma outra questão”, diz Danilo Igliori, economista-chefe do Grupo ZAP, de anúncios imobiliários, e professor de economia da Universidade de São Paulo (USP).
E e aí? Diante de tudo isso, vale a pena trocar aluguel por financiamento?
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